sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Interpretação de texto

 

                                                                     O VILARES

Havia, no colégio, três companheiros desagradáveis. Um deles era o Vilares. Menino forte, cara bexigosa, com um modo especial de carregar e de franzir as sobrancelhas autoritariamente.

Parecia ter nascido para senhor do mundo.

No recreio queria dirigir as brincadeiras e mandar em todos nós. Se a sua vontade não predominava, acabava brigando e desmanchava o brinquedo.

Simplesmente insuportável. Ninguém, a não ser ele, sabia nada; sem ele talvez não existisse o mundo.

Vivia censurando os companheiros, metendo-se onde não era chamado, implicando com um e com outro, mandando sempre. (…)

Não tinha um amigo. A meninada do curso primário movia-lhe a guerra surda. E, um dia, os mais taludos se revoltaram e deram-lhe uma sova.

Foi um escândalo no colégio. O vigilante levou-os ao gabinete do diretor. O velho Lobato repreendeu-os fortemente. Mais tarde, porém, chamou o Vilares e o repreendeu também.

Eu estava no gabinete e ouvi tudo.

- É necessário mudar esse feitio, menino. Você, entre os seus colegas, é uma espécie de galo de terreiro. Quer sempre impor a sua vontade, quer mandar em toda a gente. Isso é antipático. Isso é feio. Isso é mau. Caminha-se mais facilmente numa estrada lisa do que numa estrada cheia de pedras e buracos. Você, com essa maneira autoritária, está cavando buracos e amontoando pedras na estrada de sua vida.

E, continuando:

- Você gosta de mandar. Mas é preciso lembrar-se de que ninguém gosta de ser mandado. Desde que o mundo é mundo, a humanidade luta para ser livre. O sentimento de liberdade nasce com o homem e do homem não sai nunca. É um sentimento tão natural, que os próprios irracionais o possuem. E louco será, meu filho, quem tiver a pretensão de modificar sentimentos dessa ordem. Ou você muda de feitio, ou você muito terá que sofrer na vida.  (VIRIATO CORREA.)

 

Após a leitura do texto responda às questões:

1. Assinale a alternativa que combina com o texto.

a. (   ) O texto é sério, porque relata um acontecimento desagradável.

b. (   ) É formativo porque, através do diretor do colégio, mostra como se deve corrigir um comportamento reprovável.    c. (   ) É um texto cômico, engraçado.

 

2. Quais são as personagens do texto?_______________________________________

__________________________________________________________________________

3. Assinale a alternativa correta:

a. (   ) O narrador não é personagem do texto.

b. (   ) O narrador é personagem do texto, porque ele se inclui entre as pessoas que participam da história.        c. (   ) Não existe narrador nesta história.

 

4. Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?____________________

____________________________________________________________________________

 

5. O autor descreve o Vilares informando algumas características dele. Transcreva a parte do texto em que o narrador descreve os aspectos físicos do Vilares._______________________.

___________________________________________________________________________

6.Circule, de acordo com o texto, entre as características psicológicas dadas abaixo, as que se encaixam no personagem Vilares.

Humilde – briguento – metido – tolerante – sabichão – insuportável – cordial – bondoso – autoritário – implicante – simpático – antipático – desagradável – egoísta – quieto

7. No texto, o diretor usou três frases para caracterizar o autoritarismo do Vilares. Assinale-as:

a. (   ) "… é uma espécie de galo de terreiro."

b. (   ) "Caminha-se mais facilmente numa estrada lisa".

c. (   ) "Quer sempre impor a sua vontade."

d. (   ) "… quer mandar em toda a gente."

e. (   ) "… ninguém gosta de ser mandado.

"

8. Que outro título você daria ao texto?________________________________________

_________________________________________________________________________

9. Assinale as alternativas que resumem as mensagens do texto:

a. (   ) A convivência com uma pessoa autoritária é desagradável.

b. (   ) A meninada da escola costuma mover guerra surda.

c. (   ) Os diretores são autoritários em suas repreensões.

d. (   ) As pessoas têm um forte sentimento de liberdade e geralmente não aceitam as imposições das pessoas autoritárias e mandonas.

10. Faça uma pequena redação  que tenha o mesmo assunto do texto que você acabou de ler.

GABARITO

Questão 1. Alternativa b

Questã0 2. Um menino de nome Vilares e dois companheiros seus; o velho Lobato, que era o diretor da escola; o vigilante;  os alunos do curso primário; o narrador da história.

Questão 3. Alternativa b.

Questão 4. O menino Vilares.

Questão 5. "Menino forte, cara bexigosa, com um modo especial de carregar e de franzir as sobrancelhas autoritariamente."

Questão 6.  Briguento, metido, sabichão, insuportável, autoritário, implicante, antipático, desagradável, egoísta.

Questão 7. Alternativas a, c, d

Questão 8. Resposta individual, porém deverá ter conexão com o assunto do texto.

Questão 9. Alternativas a, d.

Questão 10. O tema da história em questão é autoritarismo. A redação deve explorar esse assunto que pode ser feita através de um relato vivido ou conhecido pelo aluno, ou ainda expressar a sua opinião a respeito. O aluno deverá mostrar sua redação para alguém que possa ajudá-lo a melhorar suas ideias e corrigir erros gramaticais cometidos.

 

Exercícios de Coesão e Coerência

1 – (Enem – 2013) – 

Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava "influência dos astros sobre os homens". O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, "agarrar". Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado. 

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) "[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas."

b) "Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]".

c) "O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava 'influência dos astros sobre os homens'."

d) "O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]".

e) "Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado."

2 – (Enem – 2011) – 

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão "Além disso" marca uma sequenciação de ideias.

b) o conectivo "mas também" inicia oração que exprime ideia de contraste.

c) o termo "como", em "como morte súbita e derrame", introduz uma generalização.

d) o termo "Também" exprime uma justificativa.

e) o termo "fatores" retoma coesivamente "níveis de colesterol e de glicose no sangue".

3 – (Simulado INEP) –

Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo.

O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países.

O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.

O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, conclui-se que

a) a palavra "mas", na linha 2, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.

b) a palavra "embora", na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto.

c) as expressões: "consequências calamitosas", na linha 2, e "efeitos incalculáveis", na linha 6, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.

d) o uso da palavra "cientistas", na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala em "estudo" no título do texto.

e) a palavra "gás", na linha 5, refere-se a "combustíveis fósseis" e "queimadas", nas linhas 1 e 2, reforçando a ideia de catástrofe.

4 – (ENEM – 2014)

Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais.

Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: "Você escreveu exatamente o que eu sinto", "Isso é exatamente o que falo com meus pacientes", "É isso que digo para meus pais", "Comentei com minha namorada". Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.

LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento

a) "nisso" introduz o fragmento "botar a cara na janela em crônica de jornal".

b) "assim" é uma paráfrase de "é como me botarem no colo".

c) "isso" remete a "escondia em poesia e ficção".

d) "alguns" antecipa a informação "É isso que digo para meus pais".

e) "essa" recupera a informação anterior "janela do jornal".

5 – (ENEM – 2010) –

O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área.

No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Apóscruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.

Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado).

O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que

a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.

b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo.

c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência.

d) mesmo traz ideia de concessão, já que "com mais posse de bola", ter dificuldade não é algo naturalmente esperado.

e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.

6 – (ENEM – 2010) –

Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.

LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.

b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.

c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.

d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.

e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

7 – (Enem – 2013) –

Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano

influenza

e o francês

grippe

. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava "influência dos astros sobre os homens". O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, "agarrar". Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) "[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas."

b) "Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]".

c) "O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava 'influência dos astros sobre os homens'."

d) "O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]".

e) "Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado."

Agora confira as respostas dos Exercícios de Coesão e Coerência com o nosso gabarito abaixo.

Exercício resolvido da questão 1 –

e) "Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado."

Exercício resolvido da questão 2 –

a) a expressão "Além disso" marca uma sequenciação de ideias.

Exercício resolvido da questão 3 –

c) as expressões: "consequências calamitosas", na linha 2, e "efeitos incalculáveis", na linha 6, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.

Exercício resolvido da questão 4 –

a) "nisso" introduz o fragmento "botar a cara na janela em crônica de jornal".

Exercício resolvido da questão 5 –

d) mesmo traz ideia de concessão, já que "com mais posse de bola", ter dificuldade não é algo naturalmente esperado.

Exercício resolvido da questão 6 –

e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

Exercício resolvido da questão 7 –

e) "Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado."

Exercícios de Ortografia
1) Marque a sequência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) prazeirosamente / pesquisar / ascensão / crescer
b) ânsia / extremoso / sacerdotiza / obsessão
c) jeito / magestade / jiboia / gesto
d) analisar / muçulmano / exceção / esplêndido
e) expectativa / imprescindível / infecção / puzerem

2) Em cada série há um erro ortográfico, exceto:
a) magoe, previlégio
b) irriquieto, mimeógrafo
c) bessa, distensão
d) almoço, obcessão
e) perversão, pretensão

3) Todas as palavras estão corretas, exceto:
a) estranho, pretexto, esquisito, hesitar
b) espontâneo, êxito, êxtase, extensão
c) piche, chuchu, flecha, feixe
d) graxa, pexinxa, enxergar, caxumba

4) Em cada série há um erro ortográfico, exceto:
a) acidez, baixeza, pureza, pequenez
b) cortês, maltês, pedrês, altivês
c) reizinhos, Sousa, faizão, coisa
d) Teresinha, adeusinho, coraçõesinhos
e) puseste, quisesse, fizesse, repuzesse, refizesse

GABARITO: 1-D / 2-E / 3-D / 4-A

Intepretação de textos diversos

 SONETO DE FIDELIDADE

 

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

 

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vive-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto


E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao meu pensar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

 

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

 

                 MORAES, Vinícius de. Soneto de fidelidade. In: Antologia poética.

                                                   4. ed. Rio de Janeiro. Ed. do Autor 1967. p. 96.

 

1 – O que é um soneto?

       É um poema constituído por dois quartetos e dois tercetos.

 

2 – Além da função poética, que outra função da linguagem aparece com evidência no texto lido? Justifique sua resposta transcrevendo um verso do poema.

       Função emotiva. "Eu possa me dizer do amor (que tive) ...", entre outros.

 

3 – Na primeira estrofe, o que se propõe o eu lírico?

       Propõe-se ser atento e zeloso.

 

4 – O zelo do eu lírico desdobra-se, na segunda estrofe, em quatro comportamentos específicos. Utilizando apenas verbos no infinitivo, indique tais comportamentos.

       Viver, cantar, rir, chorar.

 

5 – Na primeira estrofe, o amor está relacionado mais a razão que ao sentimento. Destaque a palavra que conota essa ideia.

       Pensamento.

 

6 – O pronome que do terceiro verso da primeira estrofe tem valor causal, consecutivo ou temporal?

       Valor consecutivo.


07 – Observe a construção do texto, o tipo de composição, a métrica dos versos, o vocabulário e a sintaxe. Identifique a que representantes da tradição literária – clássicos, românticos, realistas, simbolistas – o poema está ligado, justificando com elementos do texto.

      O poema está ligado à tradição clássica, uma vez que fazem uso do soneto, do verso decassílabo e têm uma sintaxe e um vocábulo apurado.

 

08 – A beleza do poema se deve, em grande parte, ao emprego de recursos sonoros e de imagens construídas a partir de comparações, metáforas, antíteses e outras figuras. Destaque do texto um exemplo de polissíndeto e outro de pleonasmo.

      Polissíndeto: "Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto"; Pleonasmo: "Rir meu riso".

 

09 – No texto, o eu lírico jura fidelidade à pessoa amada, seja nos momentos de dor, seja nos de alegria. A respeito dos tercetos do poema:

a)   Explique o que significam, para o eu lírico, a morte e a solidão.

Ambas se equivalem, pois implicam a separação da pessoa amada, o que resulta em desilusão, frustação, morte interior.

 

b)   Dê uma interpretação coerente ao emprego dos parênteses no verso: "Eu posso me dizer do amor (que tive)".

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Talvez o eu lírico esteja extraindo um conceito particular de amor, baseado em sua experiência pessoal.

 

c)   Interprete a metáfora presente no verso: "Que não seja imortal, posto que é chama".

Como uma chama, o amor queima e ilumina, mas pode se apagar, pois tem duração finita.

 

d)   Dê uma interpretação coerente ao paradoxo "Que seja infinito enquanto dura", empregado pelo eu lírico para expressar seu conceito de fidelidade.

A palavra infinito é empregada com valor qualitativo, e não temporal. Assim, para o eu lírico, fidelidade é sinônimo de entrega total, mesmo que numa relação passageira.

10 – Nas duas primeiras estrofes, o poeta fala do amor no presente. Como ele quer viver o amor? Assinale as alternativas corretas, segundo a visão do poeta.

(   ) Sem muito zelo, curtindo os bons momentos;

(X) Com atenção, com intensidade; louvando-o;

(   ) Com preocupação, medo de uma traição; inquietação;

(X) Com encanto; rindo com seu contentamento;

(   ) Chorando com seu pensar.

 

11 – Trabalhando com vozes verbais. Assinale a alternativa correta.

a)   Passando "Dou uma rosa com amor" para a voz passiva, temos:

(X) Uma rosa é dada por mim com amor.

(   ) Uma rosa será dada com amor por mim.

(   ) Deram uma rosa com amor.

(   ) Com amor, eu dou uma rosa.

(   ) Eu, com amor, poderei dar uma rosa.

 

b)   A oração correspondente a: "Escreveram-me muitas cartas nas férias" é:

(   ) Muitas cartas eram escritas nas férias.

(   ) Muitas cartas são escritas nas férias.

(   ) Muitas cartas seriam escritas nas férias.

(X) Muitas cartas foram escritas nas férias.

(   ) Muitas cartas serão escritas nas férias.

 

12 – Use as letras (A); (B) e (C) para relacionar as frases abaixo apenas às orações com sujeito indeterminado:

A - Pedro falou bem da escola.

B - Meu pai comeu muito bem naquele restaurante.

C – A menina vivia feliz ali.

 

(B) Comeram caqui na feira.

(A) Falaram bem da escola.

(C) Viviam felizes ali.

(B) Come-se bem em Minas Gerais.

(C) Vivo feliz ali.

(A) Falou-se muito da escola.

 

(B) Comeu-se caqui na feira.