terça-feira, 6 de setembro de 2011

Avaliação de leitura e interpretação 2º ano Em - com gabarito

 

Democracia se fortalece na eleição municipal

 

As eleições municipais são mais importantes para o Estado Democrático de Direito que as presidenciais. É nelas que o povo, em cada cidade, conhece seus candidatos, sabe de suas tendências e de seus comportamentos. A cidadania tem noção mais clara, individuada, do por que votar, em quem votar, satisfazendo, portanto, o dado relevantíssimo

da confiança no escolhido.

A política municipal oferece, contudo, uma versão menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral: a do clientelismo político. Não se vêem mais, em grande parte do Brasil, os currais eleitorais fisicamente considerados. Temos, porém, currais psicológicos (seja permitida a liberdade da definição) ou econômicos, com variados graus de influência,

neste país heterogêneo. (...)

Ainda é possível aprimorar o processo eleitoral brasileiro, confirmando a noção do Estado Democrático de Direito. (...)

O caminho da participação democrática, da liberdade de manifestação, do exercício livre da informação e do acesso, sem censura, aos meios de comunicação social merece ser lembrado nesta véspera de eleição municipal, quando o povo está próximo de seus candidatos, mais apto a valorá-los por si mesmos, com qualificação para viver a beleza da democracia e ter alguma compreensão de seus defeitos.

(CENEVIVA, Walter).

01. No último parágrafo, o sentido de valorar o candidato por si mesmo explica a

(A) associação do candidato a um curral eleitoral.      (B) autenticidade e honestidade do candidato.

(C) razão do voto e da escolha do candidato.    (D) tendência e comportamento do candidato.

 

02. Dentre as opções a seguir, a que melhor atende o que o texto afirma é

(A) as eleições municipais são mais importantes no Estado Democrático de Direito, porque o cidadão conhece melhor os candidatos.

(B) as eleições municipais caracterizam o Estado Democrático de Direito, pois há que considerar os currais psicológicos no clientelismo político.

(C) o cidadão tem noção menos clara do por que votar, em quem votar do que nas eleições presidenciais do Estado Democrático de Direito.

(D) o Estado Democrático de Direito indica todos os candidatos de cada cidade e elege os nas eleições presidenciais.

 

03. No segundo parágrafo, a expressão "currais psicológicos" pretende definir

(A) a compra e venda de votos que visam à troca de atendimentos psicológicos nos mais diversos municípios.

(B) um comércio em que as pessoas trocam votos por bens psicológicos distintos, por estarem presas ao político de sua confiança.

(C) um conjunto de pessoas que ficam presas ao político por armadilhas feitas por ele, para obter votos fáceis naquele reduto.

(D) a freguesia política em que as pessoas não trocam votos por bens materiais, mas influenciam-se com outras coisas.

 

04. Em "A política municipal oferece, contudo, uma versão menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral: a do clientelismo político" (2° parágrafo), o autor

(A) confirma o que disse no parágrafo anterior.        (B) faz uma ressalva ao dito no parágrafo anterior.

(C) reitera totalmente o dito no parágrafo anterior.   (D) ressalta bem o que disse no parágrafo anterior.

 

05. A opção correspondente a um dos argumentos que sustenta o que se afirma no texto é

(A) a cidadania sempre satisfaz a confiança no escolhido.  (B) a eleição municipal é menos importante que a presidencial.

(C) o cidadão tem noção mais clara do por que votar.         (D) a confiança é um dado relevante nas eleições presidenciais.

 

06. Em "A política municipal oferece, contudo, uma versão menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral" (2º parágrafo), o texto sugere que não há mais, em grande parte do País, os currais

(A) eleitorais fisicamente considerados.                   (B) psicológicos impostos em diferentes graus.

(C) econômicos propostos em graus determinados.  (D) políticos decorrentes do clientelismo econômico.

 

Lixo precioso

Você não percebe, mas a saboneteira que está no seu banheiro, a tinta que cobre as paredes do seu quarto ou o cano que leva o esgoto da sua casa até a rede pública podem já ter passado por suas mãos algum tempo antes. A evolução tecnológica da reciclagem de plásticos permite que a embalagem de refrigerantes de ontem tenha, hoje, essas entre outras formas.

Quando as garrafas de vidro começaram a ser substituídas pela resina polietileno tereftalato (PET), no final dos anos 80, havia iniciativas tímidas para sua reciclagem. As embalagens de refrigerantes descartadas davam origem a alguns modelos de cordas e tecidos de poliéster. Na década de 90, com a saída quase total do vidro do mercado de

refrigerantes e a adoção do PET em outros segmentos da indústria de embalagens, os processos de reciclagem avançaram rapidamente. Além dos aspectos ambientais, reciclar plástico vem se transformando em um promissor negócio para muita gente. "A tecnologia se desenvolveu com muita velocidade nos últimos anos. Já conseguimos, a partir dos processos de reciclagem, uma matéria-prima com características muito próximas às da resina virgem", diz o engenheiro químico Antonio Cláudio dos Santos. Isso significa que muita coisa que antes precisava de resina vinda da natureza hoje pode ser feita a partir do processamento de produtos jogados no lixo.

As pesquisas se direcionam também para aprimorar a transformação de PET reciclado em embalagens de alimentos. É o chamado bottle to bottle (de garrafa para garrafa). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, e órgãos semelhantes no exterior ainda proíbem o uso de PET reciclado em embalagens que tenham contato direto com os alimentos. É uma precaução contra algum tipo de contaminação que o material possa ter sofrido em sua vida anterior. "Há experiências de grande sucesso em bottle to bottle na França, na Austrália e em outros países, usando reatores no processo de produção", diz Santos. Elas transformam garrafas PET em embalagens novas para produtos de limpeza.

(GIMENEZ, Karen).

 

07. A frase que melhor resume o texto é

(A) a população desconhece a necessidade da reciclagem.   (B) as embalagens descartadas dão origem a outros produtos.

(C) as experiências de reciclagem na Europa têm pouco sucesso.     (D) os processos de reciclagem têm avançado com rapidez.

 

08. No 2º parágrafo, resina polietileno tereftalato, ou PET, refere-se a

(A) um material adequado para reciclagem.          (B) um produto impróprio para embalagem.

(C) uma resina bem diferente da resina virgem.    (D) uma matéria-prima difícil de encontrar.

 

09. De acordo com o texto, a ANVISA proíbe o uso de PET reciclado em embalagens que tenham contato direto com os alimentos, porque

(A) as empresas dão preferência a materiais reaproveitados.  (B) o material pode apresentar algum tipo de contaminação.

(C) o processo de reciclagem encontra-se bem desenvolvido.  (D) os materiais reciclados podem ser usados em outros produtos.

 

10. O uso de PET nas embalagens significa

(A) aprimorar os alimentos. (B) melhorar a embalagem.

(C) poupar a natureza.          (D) transformar os plásticos.

 

Aumentam casos de virose misteriosa

 

Duas pessoas já morreram e dezenas estão apresentando os mesmos sintomas de uma virose provavelmente relacionada à salmonela paratify, em Santarém, no Oeste do Pará. O número de atendimentos no pronto-socorro municipal triplicou nos últimos dias. Mais de dois mil casos foram registrados desde janeiro.

(AUMENTAM casos de virose misteriosa. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. A4, 8 abr. 2003. Adaptação.)

 

11. A finalidade do texto é

(A) estabelecer estatisticamente o número de mortos por virose, em Santarém.

(B) informar sobre o pronto-socorro de Santarém, no Oeste do Pará.

(C) noticiar o aparecimento de uma doença estranha numa cidade do Pará.

(D) registrar oficialmente o atendimento no pronto-socorro de Santarém.

 

12. O texto se resume a

(A) fazer um levantamento numérico de doentes.   (B) registrar os sintomas de uma virose.

(C) informar a ocorrência de uma virose.                (D) veicular um produto, o pronto-socorro.

 

13. A virose misteriosa

(A) matou centenas de paraenses.    (B) contaminou dezenas de pessoas.

(C) quadriplicou o número de atendimentos.    (D) atingiu cerca de mil habitantes.

 

 

 

Linguagem

 

Há um desgaste mais doloroso que o da roupa, e é o da linguagem, mesmo porque sem recuperação. Certa moça dizia-me de um seu admirador entrado em anos, homem que brilhava no Rio de Machado de Assis e Alcindo Guanabara:

– Ele é tão velho, que me encontrando à porta de uma perfumaria disse: Boa idéia, vou te oferecer um vidro de água de cheiro!

(ANDRADE, Carlos Drummond de).

 

14. No primeiro parágrafo, o autor deixa claro que há

(A) várias línguas no Rio de Janeiro.               (B) uma língua de Machado de Assis.

(C) mudanças naturais na linguagem.              (D) somente uma linguagem no texto.

 

15. O uso da expressão "vidro de água de cheiro" indica que

(A) a água deve ser inodora.                 (B) a moça prefere perfume.

(C) o galanteador da moça era idoso.   (D) o admirador não gosta de perfume.

 

16. A expressão "homem que brilhava no Rio de Machado de Assis e Alcindo Guanabara", que aparece em crônica publicada em 1944, faz pensar que

(A) o personagem era amigo de Machado e Alcindo.     (B) o homem referido era contemporâneo dos dois autores.

(C) havia um brilho especial nesses dois autores.           (D) havia outros escritores brilhantes no Rio de Janeiro.

 

17. Drummond, profundo conhecedor da língua portuguesa, foi um escritor preocupado com o seu tempo. Sua crônica explora o fato de a língua

(A) mudar com o passar do tempo.           (B) variar de um lugar para outro. 

(C) caracterizar as camadas sociais.         (D) indicar a escolaridade do falante.

 

Anti-Narciso

Estou no espelho das águas.

Olhando-me,

vejo o além de mim

que com pincéis do efêmero

celebra a infinitude.

As águas sem mim

seriam apenas águas;

eu sem elas

um tropel de encantos fugidios.

Entre nós, ao contrário da lenda,

a vida se multiplica

e canta.

(SAULLO, César; MORAIS, Regis de).     

 

18. Pode-se afirmar que o texto lido é um poema, porque nele

(A) a linguagem poética realiza-se em versos, com ritmo e sonoridade. (B) o autor demonstra uma aguda sensibilidade digna de destaque.

(C) uma identidade de sons é vista entre algumas palavras.  (D) a sensibilidade do texto é resultado da obra de arte.

 

19. Diz a lenda ter sido Narciso um jovem belíssimo que se apaixonou pela própria imagem, ao se ver refletido num lago. Por aproximar-se muito das águas, cai e desaparece: em seu lugar, surge uma delicada flor amarela, com o centro circundado por pétalas brancas. Explica-se, então, o título do poema,

(A) porque a comunhão do homem com a infinitude deve sugerir vida.      (B) porque a lenda encanta a vida.

(C) por ser a paisagem das águas espelhadas mais bela que Narciso. (D) por ser o sol, símbolo de vida, comparável a uma flor amarela.

 

20. A expressão "Entre nós" (L10) poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido original do verso, por "entre mim e

(A) a infinitude".    (B) a lenda".     (C) as águas".      (D) os encantos".

 

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Avaliação de leitura e interpretação 1º ano EM - com gabarito

"A marca da maldade"

 

Agora que Romário anunciou seu jogo de despedida e desistiu oficialmente do sonho utópico de chegar aos mil gols, podemos falar de sua carreira usando o verbo no pretérito. Foi o maior centroavante que eu vi jogar?

É difícil dizer. Na infância, cheguei a ver um pouco, muito pouco, de Coutinho.

Depois, nos anos 70 e 80, vi Reinaldo, o Rei do Atlético-MG. Por fim, acompanho há dez anos a fabulosa trajetória de Ronaldo. Esses quatro foram os maiores de todos,acho.

(...) Quem já jogou futebol alguma vez na vida sabe que a entrada nas quatro linhas que delimitam a grande área altera o batimento cardíaco, o ritmo da respiração, a capacidade de percepção, a temperatura do corpo - enfim, todo o metabolismo do jogador.

Naquele espaço, o tempo parece acelerar, a bola pesa mais, o gol muda de tamanho e se deforma como nos pesadelos ou nas alucinações. Ou pelo menos isso é o que acontece com o comum dos mortais.

O grande goleador parece imune a condições anormais de temperatura e pressão, ou então sabe controlá-las e utilizá-las a seu favor. Onde o outro treme, ele vibra. Onde o outro se afoga, ele nada.

(...) A meu ver, o problema de certos atacantes não é técnico, e sim, digamos, moral. A cara deles mostra que são bonzinhos demais. O Marcelo Ramos, por exemplo, dá a impressão de ser incapaz de chutar a bola para as redes sem antes pedir licença ao goleiro.

Já um Romário, além de técnica invejável, malandragem e sabedoria no posicionamento dentro da área, tem (ou tinha?) uma dose imprescindível de maldade.

Basta olhar para ele para saber que suas intenções são as piores, e seus métodos, os mais sádicos.

Uma imagem do filme oficial da Copa de 94, "Todos os Corações do Mundo", de Murilo Salles, mostra isso à perfeição. Antes de entrar em campo para a final, Brasil e Itália estão perfilados lado a lado no túnel. A câmera flagra, no mesmo quadro, o olhar assustado de Baggio para Romário e os olhos altivos e inescrutáveis do brasileiro, que

parecem antever a vitória. Naquele momento, o Brasil começava a ganhar a Copa do Mundo.

(COUTO, José Geraldo).

 

01. Para o autor do texto, o jogador que tem "uma dose imprescindível de maldade" é aquele que

(A) alcança o gol do adversário sem hesitar ou pedir licença.     (B) chuta a bola para as redes pedindo licença ao goleiro.

(C) machuca sempre seus adversários propositalmente.              (D) passa o jogo gritando contra o juiz e os adversários.

 

02. O texto defende a idéia de que um bom jogador deve

(A) sentir o coração acelerar e a temperatura subir quando entrar na área.

(B) ser igual aos jogadores Coutinho, Reinaldo, Ronaldo e Romário.

(C) ter determinação para atingir o objetivo que o empurra para a frente.

(D) ter uma cara que dê ao adversário a impressão de que pedirá para passar.

 

03. A expressão sublinhada em "Naquele espaço, o tempo parece acelerar, a bola pesa mais, o gol muda de tamanho e se deforma, como nos pesadelos ou nas alucinações" ( 4º § ) significa que o jogador tem a impressão de que o gol   parece

(A) deformado por causa do forte calor.  (B) deformado por causa do seu nervosismo.

(C) encolhido por causa da chuva intensa.   (D) entortado por causa do ângulo em que está.

 

04. No sétimo parágrafo, em "Já um Romário, além da técnica invejável, malandragem e  sabedoria no posicionamento dentro da área...", o autor compara Romário a Marcelo Ramos afirmando que os dois são jogadores

(A) altivos.  (B) bonzinhos.  (C) diferentes.  (D) semelhantes.

 

05. Segundo o autor do texto, a entrada na grande área altera o metabolismo do jogador comum porque parece que o gol

(A) fica mais fácil de fazer.                 (B) permanece sempre do mesmo tamanho.

(C) deforma-se como nos pesadelos.   (D) torna-se impossível de atingir.

 

06. No trecho "Onde o outro treme, ele vibra. Onde o outro se afoga, ele nada" (5º§), o autor compara

(A) o comum dos mortais ao grande goleador.   (B) o grande atacante ao centroavante comum.

(C) o jogador Coutinho a Reinaldo e Ronaldo.   (D) o jogador italiano ao jogador brasileiro.

 

"Pombos e rodovias"

Já se desconfiava que pombos-correios seguiam grandes rodovias e ferrovias para voltar para casa. Isso chegou a ser observado em estudos feitos a partir de aviões e helicópteros.

Para testar essa hipótese, pesquisadores colocaram nas costas dessas aves um diminuto aparelho de posicionamento global por satélite – mais conhecido pela sigla, em inglês, GPS – para mapear com precisão o movimento dos animais. Por três anos foram observados 216 vôos de pombos correios já experientes que cumpriram trajetórias de até 50 km nas redondezas de Roma.

A conclusão é que eles realmente seguem grandes estradas na volta ao lar, principalmente no início e no meio da jornada. E isso ocorre mesmo quando essa rota os afasta do percurso mais curto para casa. Segundo os autores, ao optar por essa estratégia, os pombos podem tornar a navegação mais simples, sem precisar ativar sua "bússola" interna, e, assim, dedicar, por exemplo, mais atenção a possíveis predadores.

(POMBOS e rodovias. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, set. 2004.)

07. O texto pode ser resumido na seguinte frase:

(A) pesquisadores acham que o objetivo das aves ao optar por esta estratégia é complicar a navegação.

(B) pesquisadores colocaram um aparelho denominado GPS nas costas dos pomboscorreios.

(C) pesquisadores observaram e concluíram que os pombos seguem rodovias ao voltar para casa.

(D) pesquisadores observaram o comportamento de mais de duzentos pombos-correios experientes.

 

08. A expressão "posicionamento global por satélite" se refere

(A) à estratégia usada por pombos-correios.         (B) à posição estabelecida por helicópteros.

(C) ao mapeamento do movimento de animais.    (D) a um aparelho que mede grandes distâncias.

 

09. A leitura do texto permite depreender que os pombos escolhem sobrevoar as rodovias e ferrovias porque essas rotas

(A) são mais simples e seguras ainda que sejam mais longas.    (B) mesmo sendo muito mais longas, são mais agradáveis.

(C) não são muito longas e, portanto, menos cansativas. (D) são mais curtas e, por isso, não precisam usar a sua bússola.

 

10. Segundo o texto, os pombos-correios têm uma bússola interna, o que equivale a dizer que esses animais

(A) têm um aparelho de posicionamento por satélite.   (B) seguem as rotas de aviões e helicópteros.

(C) possuem um meio natural de navegação.                (D) escolhem o caminho mais curto para casa.

 

"Empacotadores veteranos"

Supermercados criam oportunidades para quem tem mais de 50 anos

 

Projeto de inclusão social, via trabalho. É o que começam a fazer as Sendas, no Rio, e o Compre Bem, em São Paulo, ao lançar o "Programa Empacotadores". A idéia é contratar mil pessoas acima de 50 anos para atuar na área de atendimento de suas lojas.

A princípio, o projeto começa em 12 lojas Sendas e 20 unidades Compre Bem – o que representa 460 novos postos de trabalho dirigidos à terceira idade. É gente que vai trabalhar quatro dias por semana, com carga horária de seis horas diárias. Essa primeira turma, que já foi selecionada em agosto, tem, em sua maioria, nível médio, além de perfil para lidar com público. Em breve, outras oportunidades serão abertas.

No Grupo Pão de Açúcar, já existem mil empregados acima de 50 anos, que ficam não somente na área de atendimento, mas desenvolvem carreira dentro da empresa.

Segundo a companhia, os clientes também aprovaram a iniciativa da rede de supermercados.

– Ao inseri-los no mercado de trabalho, entendemos que estamos cumprindo um papel social importante, ao mesmo tempo que começamos a romper paradigmas e mostrar o potencial de uma nova classe de trabalhadores no Brasil – diz Maria Aparecida Fonseca, diretora executiva de Recursos Humanos do Grupo Pão de Açúcar.

( O Globo, Rio de Janeiro, 3 out. 2004.)

11. A notícia tem a finalidade de

(A) convencer cada leitor a trabalhar em novo supermercado. (B) criticar a iniciativa de alguns supermercados brasileiros.

(C) lamentar a chance de inclusão social para pessoas da terceira idade. (D) noticiar uma iniciativa de inclusão social para pessoas acima de 50 anos.

 

12. O texto "Empacotadores Veteranos", em resumo, noticia que

(A) clientes aprovaram a contratação de empregados veteranos para o trabalho de empacotador.

(B) diretores dos supermercados também se empenham em cumprir um importante papel social.

(C) supermercados pretendem que os novos empregados desenvolvam carreira na empresa.

(D) supermercados estão abrindo vagas de trabalho para a terceira idade, na área de atendimento.

 

13. O projeto propõe que supermercados contratem funcionários veteranos para uma carga de

(A) 4 horas diárias por 4 dias semanais.     (B) 6 horas diárias por 4 dias semanais.

(C) 8 horas diárias por 4 dias semanais.      (D) 6 horas diárias por 5 dias semanais.

 

 

A outra noite

 

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe atéCopacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas,

colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.

Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:

– O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?

Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.

– Mas, que coisa. . .

Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.

– Ora, sim senhor. . .

E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

(BRAGA, Rubem).

14. O autor conta que em São Paulo e no Rio estava uma noite de

(A) calor e chuva.  (B) lua cheia.  (C) luar lindo.  (D) vento e chuva.

 

15. Em "havia uma outra noite", a expressão sublinhada refere-se a uma noite

(A) de céu fechado.     (B) de vento e chuva.       (C) preta e enlameada.       (D) pura e perfeita.

 

16. Considerando a maneira como é narrada a reação do taxista (no último parágrafo),  pode-se inferir que ele ficou

(A) sensibilizado com a conversa.  (B) curioso por mais informações.

(C) agradecido com o presente.       (D) desconfiado com o pagamento.

 

17. Em seu texto, Rubem Braga comenta um

(A) acontecimento corriqueiro.  (B) comportamento previsível.

(C) pensamento indesejável.  (D) sonho inesperado.

 

Recentemente, precisei de um mapa para chegar a um lugar à beira da Marginal Tietê. É claro que o mapa de nada adiantou, pois os nomes das pontes estão afixados "nas" pontes e não "antes" delas. E não há placas anunciando a qual ponte se está chegando. Ao ver que chegara a uma ponte de onde deveria ter saído antes, precisei passar por debaixo dela, pegar a alça e cruzá-la. Pergunto à CET ou ao DSV: custa muito fazer placas com os nomes das pontes das Marginais do Pinheiros e do Tietê, para que o cidadão saiba de qual ponte está se aproximando? Por que isso ainda não foi feito?

(COSTA, Cláudia).

18. Na carta, a leitora dirige a sua reclamação aos órgãos responsáveis pelo trânsito da cidade. Isso pode ser evidenciado na seguinte passagem:

(A) "custa muito fazer placas com os nomes das pontes".    (B) "É claro que o mapa de nada adiantou."

(C) "E não há placas anunciando a qual ponte se está chegando".  (D) "Pergunto à CET ou ao DSV".

 

19. A pessoa que escreve a carta relata que acabou errando o caminho porque

(A) as placas estão no lugar errado.     (B) as pontes estão muito afastadas.

(C) desconhecia a Marginal dos Pinheiros.   (D) deixou de consultar um mapa.

 

20. A leitora pede providências aos órgãos responsáveis pelo trânsito por não ter

(A) acertado os nomes das pontes das Marginais.   (B) chegado à ponte que queria.

(C) consultado o mapa das pontes.    (D) saído da Marginal Tietê no lugar pretendido.

 

21. As perguntas que a leitora dirige à CET e ao DSV mostram que ela está

(A) desorientada.

(B) desanimada.

(C) indignada.

(D) indecisa.

 gabarito

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Avaliação de leitura e interpretação 8º ano com gabarito

 

Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o ba-nheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.

Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?

Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. "Não faça isso com o coitado!" "Coitado nada, esse bicho deve causar doença." Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

GULLAR, Ferreira.

01. Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem

 

(A) colocou-o dentro de um pote de água.   (B) escondeu-o para que ninguém o matasse.

(C) pingou água sobre sua cabeça.   (D) procurou por outros insetos no escritório.

 

02. O homem interessou-se pelo inseto porque

 

(A) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal. (B) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.

(C) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.  (D) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.

 

 

03. A mudança na rotina do homem deveu-se

 

(A) à chegada do inseto na redação do jornal.   (B) ao intenso calor daquela tarde de verão.

(C) à monotonia do trabalho no escritório.   (D) à transferência de local onde estava o inseto.

 

04. Em "Não faça isso com o coitado!", a palavra sublinhada sugere sentimento de

 

(A) maldade   (B) afeição   (C) desprezo   (D) esperança

 

05. A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem

 

(A) curiosidade científica.           (B) lembranças da infância.

(C) medo de pegar uma doença.  (D) sensação de espanto.

 

06. Com base na leitura do texto, pode-se concluir que a questão central do texto é

(A) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade.   (B) a saudade dos amigos de infância

(C) a vida agitada da grande cidade.         (D) a preocupação com a proteção aos animais.

 

O CÂNTICO DA TERRA

Eu sou a terra, eu sou a vida.

Do meu barro primeiro veio o homem.

De mim veio a mulher e veio o amor.

Veio a árvore, veio a fonte.

Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.

Sou o chão que se prende à tua casa.

Sou a telha da coberta de teu lar.

A mina constante de teu poço.

Sou a espiga generosa de teu gado e certeza tranqüila ao teu esforço.

Sou a razão de tua vida.

De mim vieste pela mão do Criador, e a mim tu voltarás no fim da lida.

Só em mim acharás descanso e paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.

Tua filha, tua noiva e desposada.

A mulher e o ventre que fecundas.

Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu. Teu arado, tua foice, teu machado.

O berço pequenino de te

O algodão de tua veste e o pão de tua casa.

E um dia bem distante

a mim tu voltarás.

E no canteiro materno de meu seio

tranqüilo dormirás.

 

Plantemos a roça.

Lavremos a gleba.

Cuidemos do ninho,

do gado e da tulha.

Fartura teremos e donos de sítio

felizes seremos

                                                     Cora Coralina

 

07. A associação entre terra e mulher é expressa no verso:

(A) "Sou a espiga generosa de teu gado"             (B) "Sou o chão que se prende à tua casa"

(C) "Sou a razão de tua vida"                               (D) "Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor"

 

08. A religiosidade do poema é revelada no verso:

(A) "A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu."         (B) "De mim vieste pela mão do Criador"

(C) "Eu sou a grande Mãe Universal."              (D) "Sou a telha da cobertura de teu lar"

 

09. O texto "O cântico da terra" pode ser considerado um poema porque:

(A) organiza-se em estrofes com o mesmo número de versos.  (B) explora a sonoridade e o duplo sentido das palavras.

(C) apresenta rima no final de todos os versos.   (D) utiliza expressões da linguagem formal.

 

10 Na quinta estrofe, o poema refere-se

(A) ao reencontro com o amor   (B) ao retorno do viajante

(C) à morte do lavrador.   (D) à volta aos braços da mãe.

 

11.O texto é um poema que fala sobre

(A) o exílio do poeta.  (B) a criação do mundo. (C) a origem da vida.  (D) a infância do lavrador.

 

                                           DE SOBREMESA, MAIS PROBLEMAS

Pronto! O inseto conseguiu ingerir o seu precioso alimento: o sangue. Agora, precisa buscar apenas um cantinho sossegado e tirar uma sesta, certo? Quem dera! A luta continua, companheiro! Os bichos têm novos problemas a enfrentar!

Quando o inseto digere o sangue, ele quebra todas as suas moléculas, até mesmo a hemoglobina, que é uma proteína responsável por transportar o oxigênio no nosso corpo. Assim, o heme (pigmento da hemoglobina que ajuda a distribuir esse gás e dá a cor vermelha ao sangue) é liberado dentro do trato digestivo dos insetos, causando vários problemas. Um deles é gerar radicais livres — formas de oxigênio que reagem com qualquer molécula que estiver "dando sopa", como proteínas e lipídios, destruindo-as.Capaz de levar o inseto à morte, esse problema precisa ser resolvido depressa!

Para se defender do heme, os insetos usam diferentes estratégias. Elas variam de bicho para bicho, mas se combinam de diversas formas para evitar que o inseto morra. Existem moléculas, por exemplo, que destroem os radicais livres, impedindo que eles causem danos ao organismo. Há, também, um jeito especial de unir uma molécula de heme com outra igual a ela, fazendo algo comparável a uma pedrinha que não é tóxica. Sem falar que algumas proteínas são capazes de guardar o heme — como a hemoglobina faz —, evitando que ele entre nas células e cause danos a elas.

Chamadas de especializações, essas características que os insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) desenvolveram os tornaram craques na tarefa de conseguir esse alimento. E não há como negar que eles são bastante eficientes no que fazem!   

FIALHO, A.P. Abreu e SILVA, M. C. Nascimento.

12. De acordo com o texto, o heme é:

(A) uma proteína que produz oxigênio.   (B) uma molécula que destrói os radicais livres.

(C) um pigmento que dá cor vermelha ao sangue. (D) uma substância que alimenta o inseto.

 

"Quando o inseto digere o sangue, ele quebra todas as suas moléculas, até mesmo a hemoglobina, que é uma proteína responsável por transportar o oxigenio no nosso corpo" (2º parágrafo)

 

13. No trecho, o termo em destaque refere-se a

(A) sangue.       (B) corpo.        (C) oxigênio.    (D) heme

 

14.O heme é liberado no processo de digestão do sangue depois que:  

(A) o organismo do inseto quebra a hemoglobina do sangue.  (B) os radicais livres são liberados sob a forma de oxigênio.

(C) as proteínas e os lipídios são destruídos pelos radicais livres.  

(D) duas moléculas se juntam para formar uma espécie de pedrinha.

 

15.Os radicais livres devem ser combatidos pelo organismo do inseto hematófago porque

(A) destroem proteínas e lipídios, levando o inseto à morte.    (B) guardam o heme, evitando sua entrada nas células.

(C) impedem o processo de digestão do sangue.     (D) quebram as moléculas da proteína hemoglobina.

 

16. O texto tem o objetivo de:

(A) a composição do sangue humano.     (B) as estratégias de sobrevivência dos insetos hematófagos.

(C) o processo de digestão dos insetos.   (D) os problemas enfrentados na quebra da molécula.

 

O homem faz o clima. E faz mal

 

A interferência do homem pode acelerar em milhares de anos os processos naturais de mudanças climáticas e trazer graves conseqüências à vida na Terra. O consumo desenfreado e a explosão demográfica têm sido fatores de forte influência entre as atividades humanas.

Em conseqüência, fenômenos como a elevação da taxa de emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera podem atingir picos incontroláveis em poucas décadas, sem que a vida na Terra consiga se adaptar. Se nada for feito, daqui a um século poderemos viver num ambiente de catástrofe.

Se a temperatura não parar de subir, daqui a cerca de 100 anos poderemos ter grandes mudanças na ocorrência de fenômenos como tormentas e furacões. A elevação do nível dos oceanos, conseqüência do aquecimento global, pode levar o mar a invadir parte das grandes cidades litorâneas e se misturar com fontes de água potável, como os rios que nele deságuam, salinizando-as. Águas provenientes do derretimento dos picos das montanhas geladas poderão invadir vales e cidades em seu entorno. Espécies mais sensíveis correm o risco de extinção, causando desequilíbrio nos ecossistemas e nas cadeias alimentares.

O cenário de catástrofe está desenhado. Resta ao homem fazer alguma coisa para evitar a concretização dessas profecias.    (GIMENEZ, Karen).

 

17. O texto analisa

(A) os efeitos da ação do homem sobre o clima da Terra.   (B) os hábitos de consumo das sociedades.

(C) a ocorrência de fenômenos atmosféricos. (D) o desequilíbrio nos ecossistemas e nas cadeias alimentares.

 

18. Segundo o artigo, grandes mudanças climáticas podem ocorrer na Terra devido a

(A) elevação do nível dos oceanos.  (B) extinção de espécies mais sensíveis.

(C) hábitos de consumo exagerados.  (D) tormentas e furacões.

1C; 2B; 3A; 4B; 5B; 6A; 7D; 8B; 9B;10C; 11C; 12C;13A; 14A; 15A; 16B; 17C; 18B

Avaliação de leitura e interpretação - 6º ano com gabarito 

A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:

– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

andrade, Carlos Drummond de. A incapacidade de ser verdadeiro. In ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Deixa que eu conto. São Paulo: Ática, 2003. Literatura em minha casa, v. 2, p.44.

01. Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas, a mãe

 

(A) colocou-o de castigo.    (B) deixou-o sem sobremesa.

(C) levou-o ao médico.    (D) proibiu-o de jogar futebol.

 

02. A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele

 

(A) machucou-se no pátio da escola.   (B) contava histórias criativas.

(C) desistiu de jogar futebol.    (D) queixou-se do médico.

 

03. A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se à

 

(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

(B) história do pedaço de lua, cheio de queijo no pátio da escola.

(C) passagem das borboletas pela chácara de Siá Elpídia formando um tapete voador.

(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

 

04. O parecer do médico "Este menino é mesmo um caso de poesia", sugere que Paulo

 

(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo.     (B) brincava com coisas verdadeiras.

(C) era um menino imaginativo e criativo.           (D) estava precisando do carinho familiar.

 

05. Dona Coló castigava o filho porque acreditava que ele estivesse

 

(A) brincando.   (B) sonhando.   (C) mentindo.   (D) teimando.

 

06. O texto sugere que

 

(A) mentira e teimosia andam juntos.   (B) mentira e fantasia são sinônimos.

(C) mentira e sonho parecem brincadeiras.   (D) mentira e imaginação são diferentes.

 

A LUA NO CINEMA

A lua foi ao cinema,

passava um filme engraçado,

a história de uma estrela

que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas

uma estrela bem pequena,

dessas que, quando apagam,

ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,

ninguém olhava pra ela,

e toda a luz que tinha

cabia numa janela.

A lua ficou tão triste

com aquela história de amor,

que até hoje a lua insiste:

Amanheça, por favor!

                      LEMINSKI, Paulo

 

07. De acordo com o poema "A lua no cinema", a estrela

 

(A) era pequena e solitária.                  (B) parecia grande na janela.

(C) tinha um namorado apaixonado.   (D) viveu uma bela história de amor.

 

08. O último verso "– Amanheça, por favor!" sugere que a lua

 

(A) achou o filme da estrela que tinha namorado engraçado.   (B) acreditava que a estrela era pequena e sem graça.

(C) desejava esquecer a história da estrela solitária.                 (D) gostava mais do dia do que da noite.

 

09. O texto "A lua no cinema" é um poema por usar

(A) orações.   (B) períodos.  (C) parágrafos.    (D) versos.

 

10. Da leitura do poema percebe-se que a estrela

 

(A) era um astro insignificante.   (B) era uma artista engraçada.   (C) tinha inveja da lua.   (D) tinha uma história feliz.

 

11. O poema trata

 

(A) da solidão.   (B) da tristeza.    (C) da amizade.   (D) do ciúme.

 

PROCURA-SE!

Os beija-flores ou colibris estão entre as menores aves do mundo e são as únicas capazes de ficar voando no mesmo lugar, como um helicóptero, ou de voar para trás. Para isso, porém, as suas pequenas asas precisam movimentar-se muito depressa, o que gasta muita energia. Assim, eles precisam se alimentar bastante, e algumas espécies podem comer em um único dia até oito vezes o seu próprio peso. Uau!

O balança-rabo-canela é um beija-flor pequeno que pesa apenas nove gramas e só existe no Brasil. Ele tem as costas esverdeadas e a parte de baixo do corpo na cor canela, com um tom mais escuro na garganta. As penas da cauda, por sua vez, são de cor bronze e têm as pontas brancas. A ave possui ainda uma fina listra branca em cima e embaixo dos olhos.

Assim como os outros beija-flores, o balança-rabo-canela geralmente se alimenta de pequenos insetos, aranha e néctar, um líquido doce produzido pelas flores. Para sugá-lo, essas aves têm uma língua com ponta dupla, que forma dois pequenos canudos.

É comum os beija-flores ficarem com os grãos de pólen das flores grudados nas penas e no bico depois de sugarem o néctar. Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu caminho. Como as flores precisam do pólen para produzir sementes, os beija-flores, sem querer, ajudam-nas ao fazer esse transporte e acabam beneficiados também: afinal, o néctar das flores é um dos seus alimentos.

Os beija-flores enxergam muito bem, e muitas flores possuem cores fortes, como vermelho ou laranja, para atraírem a sua atenção. Embora muito pequenas, essas aves são muito valentes e sabem defender seus recursos, como as flores que utilizam para se alimentar. Assim, alguns machos podem até expulsar as fêmeas da sua própria espécie caso elas cheguem perto da comida. Na luta pela sobrevivência parece não haver espaço para gentileza: machos e fêmeas geralmente se juntam apenas na época da reprodução.

O balança-rabo-canela coloca seus ovos de setembro a fevereiro e choca-os durante 15 dias. A fêmea é quem constrói o ninho e também cuida dos filhotes por quase um mês após o nascimento para que eles consigam sobreviver sozinhos.

O pequeno balança-rabo-canela está ameaçado de extinção por conta da destruição do ambiente onde vive, ou seja, do seu habitat. As matas que servem de lar para essa ave estão sendo destruídas de maneira acelerada para a criação de animais, o cultivo de alimentos, a instalação de indústrias e pelo crescimento das cidades. Portanto, precisamos preservá-las para que esse belo beija-flor não desapareça para sempre.

FONSECA, Lorena

 

12. O balança-rabo-canela é um beija-flor que

 

(A) pesa apenas nove gramas.    (B) põe ovos o ano inteiro.  (C) possui uma lista branca nas asas.

(D) tem as costas cor de bronze.

 

13. Em "Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu caminho", o termo destacado refere-se a

(A) brotos em geral.  (B) colibris pequenos.  (C) grãos de pólen.  (D) insetos comestíveis.

 

14. O balança-rabo-canela, depois de sugar o néctar,

 

(A) alimenta-se de insetos variados.  (B) auxilia as fêmeas na criação dos filhotes.

(C) contribui para a reprodução das flores.  (D) cuida dos filhotes por quase um mês.

 

15. Os beija-flores estão ameaçado de extinção porque

 

(A) comem até oito vezes o seu próprio peso.  (B) o ambiente em que eles vivem está sendo destruído.

(C) gastam muita energia para voar.   (D) têm de lutar constantemente por seus recursos.

 

16. O texto "Procura-se!"

 

(A) informa sobre o perigo de extinção dos beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".

(B) inventa algumas características sobre os beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".

(C) traz um relato de experiência científica com os beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".

(D) anuncia que alguém está procurando beija-flores chamados de "balança-rabo-canela" para comprar.

 

!7. A questão central tratada no texto é

 

(A) a preservação dos beija-flores. estres.

(B) a reprodução de animais silvestres.

(C) o crescimento das cidades. D) o hábito alimentar das aves.

GABARITO:

 1A   2B   3D   4C   5C   6D   7A   8C   9D   10A   11A   12A   13C   14C   15B   16A   17A