Interpretação de texto para o 1º ano do ensino médio
O PORCO VOADOR
FILADÉLFIA - Há coisas que só acontecem nos Estados Unidos. A Federal Aviation Administration, FAA, investiga como um porco - isso mesmo, um porco - de 135 kg conseguiu embarcar na primeira classe de um Boeing 757. E mais, nele viajou por seis horas. Segundo os relatos, o animal foi embarcado no dia 17 de outubro no vôo 107 sem escalas da companhia USAirways que saiu de Filadélfia para Seattle. A bordo, além do suíno, suas duas proprietárias e outros 198 "humanos". O vôo, noturno, transcorreu tranqüilo durante o percurso, com a maioria dos passageiros dormindo. A paz acabou no pouso em Seattle. A FAA afirma que a confusão começou quando o Boeing 757 já taxiava na pista. Neste momento, o porco, estressado mesmo sem ter viajado na classe econômica, ficou descontrolado e começou a correr pelos corredores.
Perseguido pela tripulação, defecou em vários pontos, tentou invadir a cabine de comando e acabou escondendo-se na cozinha, onde foi cercado. O encrenqueiro foi expulso - por um elevador de carga - pelas donas.
De acordo com um jornal de Filadélfia, o porco embarcou no avião normalmente. Pelas escadas. Descrito como um animal de serviço – tipo guia de cegos - com peso declarado de apenas 5,8 kg, teve até direito a bilhete próprio adquirido no balcão. As aeromoças teriam tentado prendê-lo num compartimento na traseira, mas estava bloqueado. Instalaram o porco, então, entre as poltronas 1A e 1C da primeira classe. "Estamos investigando todos os aspectos, de segurança e sanitários, deste fato. Temos que ver que política é essa da companhia", afirma o porta-voz da FAA, Jim Peters. Todos os tripulantes estão sendo interrogados. A USAirways permite que gatos, aves e pequenos cães viajem com os passageiros, desde que em contêineres. Só abre exceção para "animais de serviço", como o porco foi descrito. "Isto não acontecerá de novo", garante um representante da empresa.
(JB, 1/11/00)
1) "Há coisas que só acontecem nos Estados Unidos."; essa afirmação inicial prepara o leitor para algo:
a) humorístico b) trágico c) surpreendente d) convencional e) aterrorizante
2) "A Federal Aviation Administration, FAA, investiga como um porco isso mesmo, um porco - de 135 kg..."; o segmento isso mesmo, um porco é justificado porque:
a) o fato aludido provoca certa estranheza no leitor. b) o peso do porco é digno de admiração.
c) a confirmação do fato pelo jornalista é indispensável. d) a FAA só cuida de passageiros "humanos".
e) é interessante causar surpresa no leitor.
3) "...como um porco [...] de 135 kg conseguiu embarcar na primeira classe de um Boeing 757"; a forma como foi escrito este segmento produz maior impacto no leitor porque:
a) atribui a iniciativa do embarque ao porco. b) mostra a sofisticação tecnológica do avião.
c) indica a primeira classe como a destinada aos animais. d) assinala a desproporção entre peso/tamanho do porco. e) registra um fato incomum como normal.
4) Embarcar, na sua origem, era empregado com referência a barco, mas no texto aparece com referência a avião; o item abaixo uma palavra também mostra desvio do sentido original é:
a) O avião vai decolar com o porco a bordo. b) O porco chegou a enterrar as patas na comida.
c) Os passageiros "humanos" estranharam o fato. d) A poltrona ficou estragada por causa do peso do porco. e) A investigação do incidente vai demorar.
5) Na sequência de frases de um texto há elementos que se referem a outros elementos anteriores; o vocábulo que, ao contrário dos demais, se refere a elementos posteriores, é:
a) encrenqueiro b) suíno c) FAA d) coisas e) vôo
6) "Segundo os relatos..."; o elemento sublinhado é semanticamente equivalente a:
a) após b) em segundo lugar c) conforme d) a posteriori e) embora
7) Um vôo "sem escalas" significa:
a) sem destino certo b) fretado especialmente c) sem horário fixo d) com poucos passageiros
e) sem paradas intermediárias
8) Num momento do texto o vocábulo suíno (geral) substitui porco (específico); entre as substituições abaixo, aquela que apresenta estrutura diferente é:
a) Boeing 757 - avião b) poltrona - assento c) comandante - tripulante
d) USAirways - empresa e) passageiro – cliente
9) Deduz-se da leitura do 2º parágrafo:
a) A FAA não merece credibilidade. b) O passageiro da classe econômica é bem tratado.
c) A tripulação do Boeing foi bem treinada. d) O porco estava acostumado a viajar.
e) O porco também sofreu no incidente.
10) "...e acabou escondendo-se na cozinha..."; o emprego do verbo acabar significa que:
a) é a última de uma sequência de ações. b) a narrativa chegou ao seu fim.
c) o personagem mostra decisão firme no que faz. d) o personagem vai sofrer uma derrota.
e) a ação do personagem foi interrompida.
11) "Estamos investigando todos os aspectos, de segurança e sanitários, deste fato."; em outras palavras, a FAA está analisando:
a) todos os aspectos do fato, mas principalmente os que envolvem segurança e higiene.
b) alguns aspectos do caso, particularmente os que se prendem a seguro de vida dos passageiros e ao estado dos banheiros dos aviões.
c) todos os aspectos do fato ligados à segurança e à saúde dos passageiros.
d) somente os aspectos do fato de que participou o porco, ou seja, o da falta de atenção da tripulação.
e) os aspectos de cuidados com a higiene nos aviões, além da preocupação com a revisão das aeronaves.
12) O mais surpreendente da história narrada é que:
a) o porco tenha viajado tranqüilamente na primeira parte da viagem.
b) toda a tripulação tenha cuidado do porco como se fosse um passageiro "humano".
c) o animal tenha sido admitido na aeronave como "animal de serviço".
d) tenham atribuído ao porco um peso maior do que a realidade.
e) o suíno tenha subido pelas escadas do avião e recebido com honras pelas aeromoças.
1 c; 2 a; 3 a; 4 b; 5 d; 6 c; 7 e; 8 e; 9 e; 10 a; 11 c 12 a
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