terça-feira, 6 de setembro de 2011

Avaliação de leitura e interpretação 2º ano Em - com gabarito

 

Democracia se fortalece na eleição municipal

 

As eleições municipais são mais importantes para o Estado Democrático de Direito que as presidenciais. É nelas que o povo, em cada cidade, conhece seus candidatos, sabe de suas tendências e de seus comportamentos. A cidadania tem noção mais clara, individuada, do por que votar, em quem votar, satisfazendo, portanto, o dado relevantíssimo

da confiança no escolhido.

A política municipal oferece, contudo, uma versão menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral: a do clientelismo político. Não se vêem mais, em grande parte do Brasil, os currais eleitorais fisicamente considerados. Temos, porém, currais psicológicos (seja permitida a liberdade da definição) ou econômicos, com variados graus de influência,

neste país heterogêneo. (...)

Ainda é possível aprimorar o processo eleitoral brasileiro, confirmando a noção do Estado Democrático de Direito. (...)

O caminho da participação democrática, da liberdade de manifestação, do exercício livre da informação e do acesso, sem censura, aos meios de comunicação social merece ser lembrado nesta véspera de eleição municipal, quando o povo está próximo de seus candidatos, mais apto a valorá-los por si mesmos, com qualificação para viver a beleza da democracia e ter alguma compreensão de seus defeitos.

(CENEVIVA, Walter).

01. No último parágrafo, o sentido de valorar o candidato por si mesmo explica a

(A) associação do candidato a um curral eleitoral.      (B) autenticidade e honestidade do candidato.

(C) razão do voto e da escolha do candidato.    (D) tendência e comportamento do candidato.

 

02. Dentre as opções a seguir, a que melhor atende o que o texto afirma é

(A) as eleições municipais são mais importantes no Estado Democrático de Direito, porque o cidadão conhece melhor os candidatos.

(B) as eleições municipais caracterizam o Estado Democrático de Direito, pois há que considerar os currais psicológicos no clientelismo político.

(C) o cidadão tem noção menos clara do por que votar, em quem votar do que nas eleições presidenciais do Estado Democrático de Direito.

(D) o Estado Democrático de Direito indica todos os candidatos de cada cidade e elege os nas eleições presidenciais.

 

03. No segundo parágrafo, a expressão "currais psicológicos" pretende definir

(A) a compra e venda de votos que visam à troca de atendimentos psicológicos nos mais diversos municípios.

(B) um comércio em que as pessoas trocam votos por bens psicológicos distintos, por estarem presas ao político de sua confiança.

(C) um conjunto de pessoas que ficam presas ao político por armadilhas feitas por ele, para obter votos fáceis naquele reduto.

(D) a freguesia política em que as pessoas não trocam votos por bens materiais, mas influenciam-se com outras coisas.

 

04. Em "A política municipal oferece, contudo, uma versão menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral: a do clientelismo político" (2° parágrafo), o autor

(A) confirma o que disse no parágrafo anterior.        (B) faz uma ressalva ao dito no parágrafo anterior.

(C) reitera totalmente o dito no parágrafo anterior.   (D) ressalta bem o que disse no parágrafo anterior.

 

05. A opção correspondente a um dos argumentos que sustenta o que se afirma no texto é

(A) a cidadania sempre satisfaz a confiança no escolhido.  (B) a eleição municipal é menos importante que a presidencial.

(C) o cidadão tem noção mais clara do por que votar.         (D) a confiança é um dado relevante nas eleições presidenciais.

 

06. Em "A política municipal oferece, contudo, uma versão menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral" (2º parágrafo), o texto sugere que não há mais, em grande parte do País, os currais

(A) eleitorais fisicamente considerados.                   (B) psicológicos impostos em diferentes graus.

(C) econômicos propostos em graus determinados.  (D) políticos decorrentes do clientelismo econômico.

 

Lixo precioso

Você não percebe, mas a saboneteira que está no seu banheiro, a tinta que cobre as paredes do seu quarto ou o cano que leva o esgoto da sua casa até a rede pública podem já ter passado por suas mãos algum tempo antes. A evolução tecnológica da reciclagem de plásticos permite que a embalagem de refrigerantes de ontem tenha, hoje, essas entre outras formas.

Quando as garrafas de vidro começaram a ser substituídas pela resina polietileno tereftalato (PET), no final dos anos 80, havia iniciativas tímidas para sua reciclagem. As embalagens de refrigerantes descartadas davam origem a alguns modelos de cordas e tecidos de poliéster. Na década de 90, com a saída quase total do vidro do mercado de

refrigerantes e a adoção do PET em outros segmentos da indústria de embalagens, os processos de reciclagem avançaram rapidamente. Além dos aspectos ambientais, reciclar plástico vem se transformando em um promissor negócio para muita gente. "A tecnologia se desenvolveu com muita velocidade nos últimos anos. Já conseguimos, a partir dos processos de reciclagem, uma matéria-prima com características muito próximas às da resina virgem", diz o engenheiro químico Antonio Cláudio dos Santos. Isso significa que muita coisa que antes precisava de resina vinda da natureza hoje pode ser feita a partir do processamento de produtos jogados no lixo.

As pesquisas se direcionam também para aprimorar a transformação de PET reciclado em embalagens de alimentos. É o chamado bottle to bottle (de garrafa para garrafa). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, e órgãos semelhantes no exterior ainda proíbem o uso de PET reciclado em embalagens que tenham contato direto com os alimentos. É uma precaução contra algum tipo de contaminação que o material possa ter sofrido em sua vida anterior. "Há experiências de grande sucesso em bottle to bottle na França, na Austrália e em outros países, usando reatores no processo de produção", diz Santos. Elas transformam garrafas PET em embalagens novas para produtos de limpeza.

(GIMENEZ, Karen).

 

07. A frase que melhor resume o texto é

(A) a população desconhece a necessidade da reciclagem.   (B) as embalagens descartadas dão origem a outros produtos.

(C) as experiências de reciclagem na Europa têm pouco sucesso.     (D) os processos de reciclagem têm avançado com rapidez.

 

08. No 2º parágrafo, resina polietileno tereftalato, ou PET, refere-se a

(A) um material adequado para reciclagem.          (B) um produto impróprio para embalagem.

(C) uma resina bem diferente da resina virgem.    (D) uma matéria-prima difícil de encontrar.

 

09. De acordo com o texto, a ANVISA proíbe o uso de PET reciclado em embalagens que tenham contato direto com os alimentos, porque

(A) as empresas dão preferência a materiais reaproveitados.  (B) o material pode apresentar algum tipo de contaminação.

(C) o processo de reciclagem encontra-se bem desenvolvido.  (D) os materiais reciclados podem ser usados em outros produtos.

 

10. O uso de PET nas embalagens significa

(A) aprimorar os alimentos. (B) melhorar a embalagem.

(C) poupar a natureza.          (D) transformar os plásticos.

 

Aumentam casos de virose misteriosa

 

Duas pessoas já morreram e dezenas estão apresentando os mesmos sintomas de uma virose provavelmente relacionada à salmonela paratify, em Santarém, no Oeste do Pará. O número de atendimentos no pronto-socorro municipal triplicou nos últimos dias. Mais de dois mil casos foram registrados desde janeiro.

(AUMENTAM casos de virose misteriosa. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. A4, 8 abr. 2003. Adaptação.)

 

11. A finalidade do texto é

(A) estabelecer estatisticamente o número de mortos por virose, em Santarém.

(B) informar sobre o pronto-socorro de Santarém, no Oeste do Pará.

(C) noticiar o aparecimento de uma doença estranha numa cidade do Pará.

(D) registrar oficialmente o atendimento no pronto-socorro de Santarém.

 

12. O texto se resume a

(A) fazer um levantamento numérico de doentes.   (B) registrar os sintomas de uma virose.

(C) informar a ocorrência de uma virose.                (D) veicular um produto, o pronto-socorro.

 

13. A virose misteriosa

(A) matou centenas de paraenses.    (B) contaminou dezenas de pessoas.

(C) quadriplicou o número de atendimentos.    (D) atingiu cerca de mil habitantes.

 

 

 

Linguagem

 

Há um desgaste mais doloroso que o da roupa, e é o da linguagem, mesmo porque sem recuperação. Certa moça dizia-me de um seu admirador entrado em anos, homem que brilhava no Rio de Machado de Assis e Alcindo Guanabara:

– Ele é tão velho, que me encontrando à porta de uma perfumaria disse: Boa idéia, vou te oferecer um vidro de água de cheiro!

(ANDRADE, Carlos Drummond de).

 

14. No primeiro parágrafo, o autor deixa claro que há

(A) várias línguas no Rio de Janeiro.               (B) uma língua de Machado de Assis.

(C) mudanças naturais na linguagem.              (D) somente uma linguagem no texto.

 

15. O uso da expressão "vidro de água de cheiro" indica que

(A) a água deve ser inodora.                 (B) a moça prefere perfume.

(C) o galanteador da moça era idoso.   (D) o admirador não gosta de perfume.

 

16. A expressão "homem que brilhava no Rio de Machado de Assis e Alcindo Guanabara", que aparece em crônica publicada em 1944, faz pensar que

(A) o personagem era amigo de Machado e Alcindo.     (B) o homem referido era contemporâneo dos dois autores.

(C) havia um brilho especial nesses dois autores.           (D) havia outros escritores brilhantes no Rio de Janeiro.

 

17. Drummond, profundo conhecedor da língua portuguesa, foi um escritor preocupado com o seu tempo. Sua crônica explora o fato de a língua

(A) mudar com o passar do tempo.           (B) variar de um lugar para outro. 

(C) caracterizar as camadas sociais.         (D) indicar a escolaridade do falante.

 

Anti-Narciso

Estou no espelho das águas.

Olhando-me,

vejo o além de mim

que com pincéis do efêmero

celebra a infinitude.

As águas sem mim

seriam apenas águas;

eu sem elas

um tropel de encantos fugidios.

Entre nós, ao contrário da lenda,

a vida se multiplica

e canta.

(SAULLO, César; MORAIS, Regis de).     

 

18. Pode-se afirmar que o texto lido é um poema, porque nele

(A) a linguagem poética realiza-se em versos, com ritmo e sonoridade. (B) o autor demonstra uma aguda sensibilidade digna de destaque.

(C) uma identidade de sons é vista entre algumas palavras.  (D) a sensibilidade do texto é resultado da obra de arte.

 

19. Diz a lenda ter sido Narciso um jovem belíssimo que se apaixonou pela própria imagem, ao se ver refletido num lago. Por aproximar-se muito das águas, cai e desaparece: em seu lugar, surge uma delicada flor amarela, com o centro circundado por pétalas brancas. Explica-se, então, o título do poema,

(A) porque a comunhão do homem com a infinitude deve sugerir vida.      (B) porque a lenda encanta a vida.

(C) por ser a paisagem das águas espelhadas mais bela que Narciso. (D) por ser o sol, símbolo de vida, comparável a uma flor amarela.

 

20. A expressão "Entre nós" (L10) poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido original do verso, por "entre mim e

(A) a infinitude".    (B) a lenda".     (C) as águas".      (D) os encantos".

 

 1c 2a  3d  4b  5c 6a 7d  8a  9b  10c 11c 12c 13b  14c 15c 16b 17a 18a 19a    20c.

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