sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Estudo do poema

 

O que é eu lírico?

Eu lírico, eu poético ou sujeito lírico são nomenclaturas utilizadas para indicar a voz que enuncia o poema. O gênero lírico é aquele destinado a expressar emoções, sensações, disposições psíquicas, ou seja, a vivência de um eu em seu encontro com o mundo. Mas esse eu lírico, essa voz do poema, não é necessariamente o autor, mas sim um eu fictício, que pode ou não ter características do eu autoral.

 

Soneto é um poema de forma fixa que se apresenta com 14 versos e quatro estrofes, sendo dois quartetos e dois tercetos.

Busque Amor novas artes, novo engenho,

Para matar-me, e novas esquivanças;

Que não pode tirar-me as esperanças,

Que mal me tirará o que eu não tenho.

 

Olhai de que esperanças me mantenho!

Vede que perigosas seguranças!

Que não temo contrastes nem mudanças,

Andando em bravo mar, perdido o lenho.

 

Mas, conquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que me mata e não se vê;

 

Que dias há que na alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como, e dói não sei por quê.

 

Interpretação do texto:

 

01. Segundo os versos do poema, o eu lírico:

a) está à procura do Amor.

b) está amando e cheio de esperanças.

c) está seguro devido ao Amor.

d) está sem esperança.

 

02. Ao se dirigir ao Amor, na primeira estrofe, percebe-se por parte do eu lírico um tom de:

a) súplica         b) desafio          c) ameaça        d) euforia


03. Por que o eu lírico não teme as novas artes do Amor?

a) Porque o eu lírico não possui mais esse sentimento.

b) Porque onde falta esperança não há desgosto.

c) Porque a esperança que ele tem o faz sentir mais seguro.

d) Porque ele não teme nada, nem os perigos de um mar bravo.

 

04. Apresenta uma contradição a justaposição dos termos da expressão:

a) novo engenho                              b) bravo mar     

c) perigosas seguranças                  d) novas artes.

 

05. "Busque Amor novas artes, novo engenho", o termo em destaque tem o sentido de:

a) artimanha         b) trabalho                 c) objetivo            

d) solução.

 

06. De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera:

a) segurança          b) esperança            c) sofrimento 

d) dúvidas.

 

07. "Amor um mal, que me mata e não se vê;" o verso sugere que o Amor é:

a) indefinido          b) misterioso          c) passageiro           

d) intransigente.

 

08. A última estrofe revela que:

a) o eu lírico realmente é imune as artes do Amor.

b) o eu lírico busca descobrir as razões do Amor.

c)  o Amor ainda consegue atingir o eu lírico.

d) o Amor abandona o destemido eu lírico.

 

No Meio do Caminho

Carlos Drummond de Andrade

 

 

 

 No meio do caminho tinha uma pedra

 

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra

 

Nunca me esquecerei desse acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.

 

 QUESTÕES OBJETIVAS:

1. Essa pedra no meio do caminho só não pode ser:

   A – desânimo                                    D – fraqueza             

   B – entusiasmo                      

   C – tristeza                                        E – problemas

 2. O "caminho", nesse poema de Drummond, é uma metáfora

 

   A – da encruzilhada                               D – da vida          

   B – da estrada              

   C – do campo                                       E – do tempo

   3. Sabe-se que, pela gramática normativa, deveria ser usado o verbo "havia" no lugar de "tinha". Drummond escolheu o verbo "ter"

   A – porque seu vocabulário é restrito.                    

   B – pois achou mais fácil assim.

   C – já que a palavra "havia" estaria mal empregada.

   D – intencionalmente.

   E – N.D.A.

 

   4. A repetição de palavras, nesse poema,

   A – demonstra falta de conhecimento linguístico                          

   B – mostra despreparo

   C – cria a força poética da poesia.                                                 

   D – deixa o poema menos interessante.

   E – N. D. A. 

 

   5. As palavras "pedra" e "caminho", nesse poema, foram usadas no sentido

   A – Próprio (denotativo)                             D – Próprio (conotativo)

   B – Figurado (denotativo)                            

   C – Figurado (conotativo)                           

   E -  n.d.a

   6. "Tinha uma pedra no meio do caminho" A palavra grifada nesse verso se classifica como:

   A – Pronome Indefinido                               D – Adjetivo                      

   B – Artigo Indefinido

   C – Artigo Definido                                      E – Substantivo

   7. "Nunca me esquecerei desse acontecimento" A palavra grifada nesse verso classifica-se como um advérbio de

 A – negação                                               D – modo                       

   B – dúvida           

   C – tempo                                                  E – intensidade

   8. "Na vida de minhas retinas tão fatigadas." Nesse verso, a palavra grifada se classifica como um advérbio de

 

   A – negação                                            D – modo                   

   B – dúvida           

   C – tempo                                               E – intensidade

   9. As palavras "pedra" e "caminho", nesse texto de Drummond, são exemplos da seguinte figura literária:

 

   A – Metáfora                                                     D – sinestesia                          

   B – Metonímia         

   C – Pleonasmo                                                  E – Hipérbole

   10. Todas as afirmativas abaixo estão de acordo com esse poema de Drummond, EXCETO:

   A – O poema se constitui de versos livres.

   B – O poema é moderno.

   C – Esse poema é um soneto.

   D – Ignorou-se o uso de rima nesse poema.

   E – Ignorou-se o rigor da metrificação nesse poema.


No tempo da pandemia

 

E as pessoas ficaram em casa
E leram livros e ouviram música
E descansaram e fizeram exercícios
E fizeram arte e jogaram
E aprenderam novas maneiras de ser
E pararam
E ouviram mais fundo
Alguém meditou
Alguém rezava
Alguém dançava
Alguém conheceu a sua própria sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente.
E as pessoas curaram.


E na ausência de gente que vivia
De maneiras ignorantes
Perigosos, perigosos.
Sem sentido e sem coração,
Até a terra começou a curar
E quando o perigo acabou
E as pessoas se encontraram
Eles ficaram tristes pelos mortos.
E fizeram novas escolhas
E sonharam com novas visões
E criaram novas maneiras de viver
E curaram completamente a terra
Assim como eles estavam curados.

Antônio Fagundes

 
1. O texto foi escrito com o objetivo de
a) informar sobre o avanço de uma doença contagiosa pelo Brasil.
b) divulgar sobre a importância de ficar em casa em tempos de pandemia.
c) trazer uma reflexão sobre os dias difíceis vividos numa pandemia.
d) convencer o leitor sobre um assunto de interesse da população.


 2. A repetição da conjunção "e" no início de alguns versos estabelece no poema sentido de:
a) explicação.

b) consequência.
c) oposição.

d) adição.

3. No trecho: "E as pessoas ficaram em casa" revela um fato incomum na rotina das pessoas no Brasil. O que causou esse fato?
___________________________


4. O verbo "aprenderam" no verso: "E aprenderam novas maneiras de ser", está conjugado na terceira pessoa do plural. A que palavra no poema o verbo se refere?
a) Livros.

b) Pessoas.
c) Novas maneiras.

d) Exercícios.


5. O autor escreveu: "Alguém conheceu a sua própria sombra". Isso significa que as pessoas passaram a reconhecer
a) seus próprios amigos.
b) os tamanhos das suas sombras.
c) a importância dos relacionamentos.
d) as suas próprias individualidades. 


6. No verso: "Sem sentido e sem coração", a expressão grifada significa 
a) atitude de pessoa que não tem compaixão.
b) desejo profundo pela paz mundial.
c) um comportamento sem alegria.
d) cessar o sentimento de culpa.

7. Segundo o texto, o autoconhecimento produziu
a) o fortalecimento de boas práticas.
b) a mudança da própria concepção.
c) o engajamento entre as pessoas.
d) o aumento dos relacionamentos. 


8. No trecho: "E quando o perigo acabou", a palavra grifada estabelece ideia de
a) dúvida.

b) causa.
c) tempo.

d) modo.


9. Localize no poema, uma palavra que possui o respectivo significado:
a) Intenso ________________
b) Falta __________________
c) Inábil __________________
d) Ameaça ________________
e) Concentração ___________
f) Povo ___________________


10. Pela leitura do poema, é possível concluir que a pandemia
a) só provocou a destruição no planeta.
b) aumentou o número de pessoas que rezam.
c) amenizou os impactos ambientais na terra.
d) contribuiu para a concretização de boas atitudes. 

 

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