sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Interpretação de poemas - ensino fundamental II

No meio do caminho

 

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

 

Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

 

Carlos Drummond de Andrade

 

1. O poema é um texto literário composto de versos que podem conter rimas ou não. Além dessa estrutura, muitos poemas apresentam diversas figuras de linguagem para intensificar uma mensagem ao leitor. No poema de Carlos Drummond há predominantemente uma figura de linguagem chamada de:

a) hipérbole.

b) anáfora.

c) eufemismo.

d) ironia. 

 

2. O termo que ganha destaque no poema de Carlos Drummond é uma pedra que existia no meio do caminho. É possível concluir que a pedra nesta poesia representa:

a) uma maldição.

b) uma corrupção.

c) uma adversidade.

d) um desejo.

 

3. Conforme o contexto do poema, qual palavra representa a vida?

a) Pedra.

b) Tinha.

c) Meio.

d) Caminho.

 

4. Segundo o poema, as pedras podem impossibilitar a pessoa de seguir o seu percurso, pois: 

a) os problemas podem impedir de avançar na vida.

b) apesar das dificuldades, todos conseguem superar.

c) a vida é curta para viver pensando em problemas.

d) os obstáculos não atrapalham o sucesso pessoal. 

 

5. Sendo um dos nomes mais conhecidos do Modernismo, Carlos Drummond de Andrade marcou a literatura brasileira por expressar de maneira inspiradora as profundas inquietações que atormentam o ser humano. No poema em análise, é possível concluir que o nível de linguagem predominante (característica marcante da segunda fase do modernismo) é:

a) técnica.

b) científica.

c) formal.

d) coloquial.

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

 

Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

 

Carlos Drummond de Andrade

 

1. O poema é um texto literário composto de versos que podem conter rimas ou não. Além dessa estrutura, muitos poemas apresentam diversas figuras de linguagem para intensificar uma mensagem ao leitor. No poema de Carlos Drummond há predominantemente uma figura de linguagem chamada de:

a) hipérbole.

b) anáfora.

c) eufemismo.

d) ironia. 

 

2. O termo que ganha destaque no poema de Carlos Drummond é uma pedra que existia no meio do caminho. É possível concluir que a pedra nesta poesia representa:

a) uma maldição.

b) uma corrupção.

c) uma adversidade.

d) um desejo.

 

3. Conforme o contexto do poema, qual palavra representa a vida?

a) Pedra.

b) Tinha.

c) Meio.

d) Caminho.

 

4. Segundo o poema, as pedras podem impossibilitar a pessoa de seguir o seu percurso, pois: 

a) os problemas podem impedir de avançar na vida.

b) apesar das dificuldades, todos conseguem superar.

c) a vida é curta para viver pensando em problemas.

d) os obstáculos não atrapalham o sucesso pessoal. 

 

5. Sendo um dos nomes mais conhecidos do Modernismo, Carlos Drummond de Andrade marcou a literatura brasileira por expressar de maneira inspiradora as profundas inquietações que atormentam o ser humano. No poema em análise, é possível concluir que o nível de linguagem predominante (característica marcante da segunda fase do modernismo) é:

a) técnica.

b) científica.

c) formal.

d) coloquial.

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POEMA:  O BICHO





Vi ontem um bicho

Na imundice do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa;

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947.



1. A expressão "Meu Deus" significa que o eu lírico:

a) (   ) alegrou-se com a cena.                   

b) (   ) ficou indiferente.

c) (   ) solucionou um problema social.

d) (X) fiou chocado com o espetáculo.

  

2. A causa principal da nossa admiração pela poesia é porque:

a) (X) o autor retratou a cena que humilha a condição humana.   

 

b) (   ) o autor procurou comparar o homem com cães e gatos

c) (   ) o homem já não vive mais nesse ambiente de miséria.

d) (   ) é falsa a notícia de que a humanidade passa fome.

 

3. Essa admiração nos dá o sentimento de:

a) (   ) prazer.

b) (   ) admiração.

c) (X) pena.

d) (   ) desprezo.

 

4. A intenção do autor ao usar a palavra "bicho" parece que:

a) (   ) procurou chamar a nossa atenção para animais do lixo.                

b) (   ) a história é mesmo sobre um lixo.

c) (X) o homem se viu reduzido a condição de animal.

d) (   ) o homem deve ser tratado como animal.

 

5. O que motivou o bicho a catar restos foi:

a) (X) a própria fome.

b) (   ) a imundice do pátio.

c) (   ) o cheiro da comida.

d) (   ) a amizade pelo cão.

 

6. O assunto do texto é:

a) (   ) a imundice de um pátio.

b) (   ) um bicho faminto.

c) (   ) a comida que as pessoas jogam fora.

d) (X) a triste situação de um homem.

 

7. Destaque o verbo nesta frase:

"Vi ontem um bicho na imundice do pátio."

      O verbo é "Vi".

 

8. Este poema serve para:

a) (   ) distrair.

b) (   ) informar sobre um acontecimento.

c) (X) partilhar um sentimento.

d) (   ) informar sobre a vida de um homem.

 

9. Esse poema apresenta:

a) (X) fato.

b) (   ) opinião.

c) (   ) descrição.

 

POEMA: O açúcar

Ferreira Gullar


O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro

e afável ao paladar
como beijo de moça,
água na pele,
flor que se dissolve na boca.
Mas este açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar veio

da mercearia da esquina
e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há

hospital nem escola,
homens que não sabem ler e morrem
aos vinte e sete anos
plantaram e colheram a cana
que viria a ser o açúcar.

Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura

produziram este açúcar branco e puro
com que adoço meu café esta manha em Ipanema.
                       Ferreira Gullar



ATIVIDADES


1) Assinale os sinônimos do verbo dissolver no verso: "flor que se dissolve na boca":
(X) se desmancha
(   ) se esparrama
(   ) se acaba
(   ) se dilui

2) Marque a alternativa em que a palavra amarga possui o mesmo significado do texto:
(  ) Aquela sobremesa estava amarga.
(  ) Vivia de mau humor; era uma pessoa muito amarga.
(X) Passamos por uma fase muito amarga, mas agora estamos bem.

3) Marque a alternativa em que a palavra dura possui o mesmo significado do texto:
(X) Realizamos uma dura tarefa.
(  ) O móvel era feito de madeira muito dura.
(  ) O seu jeito duro afasta as pessoas.

4) Reescreva a frase "homens de vida amarga e dura produziram este açúcar", substituindo as palavras destacadas por um sinônimo.

      "Homens de vida sofrida e penosa produziram este açúcar."

5) A que tipo de açúcar o eu-lírico está se referindo?
      (   ) ao açúcar mascavo     
      (X) ao açúcar refinado   
      (   ) a qualquer tipo de açúcar

6) A que elementos o açúcar é comparado?

Beijo de moça, água na pele, flor.

7) Descreva o retrospecto que é feito sobre o açúcar.

      Canaviais extensos, usinas, mercearia do Oliveira, Ipanema.

8) Na última estrofe, o que se opõe à doçura do açúcar?

 Usinas escuras, homens de vida amarga e dura.

9) Por que os homens que trabalham nas usinas fabricando o açúcar têm a vida amarga?

      Porque esses homens levam uma vida muito sofrida, com pouca instrução pouco estudo, pouco dinheiro; miséria e condições de trabalho muito ruins.

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