sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Exercícios sobre editorial.

ALEM DA DOSE

 A proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos é uma daquelas leis que jamais foram cumpridas com rigor no Brasil. Uma pesquisa recente encomendada pelo governo do Estado de São Paulo mostrou que um em cada cinco adolescentes entre 12 e 17 anos bebe regularmente, e quatro em cada dez conseguem comprar álcool sem restrições. Diante desse quadro, é salutar a nova lei estadual que busca endurecer as regras contra o consumo de álcool por adolescentes.

       Em vigor desde o fim de semana passado, a legislação impõe multas de R$ 1.745 a R$ 87.250 a estabelecimentos que vendam bebida alcoólica a menores de idade. Assim como ocorreu com a bem-sucedida lei antifumo, a expectativa de punição deve reforçar os controles de bares e supermercados e tornar mais difícil o acesso de adolescentes ao álcool.

Idealizada segundo as regras da "tolerância zero", a nova Lei antiálcool erra, porém, ao transferir para os estabelecimentos comerciais a total responsabilidade pelo consumo de bebida por menores, mesmo em situações que não estão sob seu controle.

       O ponto mais contestável é o enquadramento do comerciante ainda que a bebida seja comprada legalmente por um maior e repassada a um menor. Não é razoável imaginar que os bares tenham bedéis para verificar e proibir, por exemplo, um pai de oferecer um copo de cerveja a seu filho. A pena, se coubesse, deveria recair sobre o adulto irresponsável, não sobre o comerciante.

      O Sindicato de Bares e Restaurantes também reclama, com razão, da multa a quem vender bebida para jovem com documento de identidade falsificado. A não ser que se trate de uma montagem grosseira, é exigir demais que os vendedores se transformem em peritos a detectar fraudes em carteiras.

      O terceiro aspecto sob contestação, a obrigatoriedade de geladeiras separadas para bebidas alcoólicas e outras, também é controverso. Além de gerar custo extra para os comerciantes - que pode ser expressivo em alguns casos -, sua utilidade é duvidosa.

      A nova lei acerta ao reforçar restrições e impor multas mais pesadas, mas exagera na dose nos pontos acima mencionados - que deveriam ser revistos.



Disponível em: https://educablogport.blogspot.com.br



1ª)  Na introdução, já se presume o assunto do texto. Escreva-o abaixo.

_________________________________________

2ª) Para escrever um EDITORIAL o autor precisa

(A) criar fatos e personagens conforme sua imaginação.

(B) utilizar-se de um assunto pouco conhecido pelos leitores.

(C) falar sobre uma realidade polêmica.

(D) ser complexo e utilizar um vocabulário acima do padrão.

 

3ª) O texto apresenta características, principalmente

(A)  narrativas.

(B)  argumentativas.

(C)  descritivas.

(D)  instrucionais.

 

Localize no texto o que se pede abaixo:



4ª) Uma opinião:

________________________________________________________________



5ª) Um fato:

_______________________________________________________________

6ª) O texto foi escrito utilizando-se de uma linguagem

(A) popular, sem observar a regras gramaticais.

(B) padrão, com regras linguísticas definidas.

(C) com gírias, pois está endereçado a um público alvo: adolescentes.

(D)  regional, especificando, principalmente, um dialeto.

 

7ª) No trecho "... e quatro em cada dez conseguem comprar álcool sem restrições" (parag. 1), a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido do texto, por

(A)  limitações.

(B)  medo.

(C)  punições.

(D)  regulamentos.



8ª) No trecho "O ponto mais contestável é o enquadramento do comerciante ainda que a bebida seja

comprada legalmente..." (parag. 4), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração do sentido do texto, por

(A) à medida que

(B) mesmo que

(C) para que

(D) já que



9ª) Em "A nova lei acerta ao reforçar restrições e impor multas mais pesadas, mas exagera na dose..." (parag. 7), a palavra destacada exprime idéia de

(A)  causa

(B)  conseqüência

(C)  adversidade

(D)  adição



10ª) No trecho, "Diante desse quadro, é salutar a nova lei estadual que busca endurecer as regras contra o consumo de álcool por adolescentes" (parag. 1), a palavra destacada foi utilizada em substituição do termo ou expressão

(A) nova lei estadual.

(B) desse quadro.

(C) regras

(D) consumo de álcool.





GABARITO

1. A proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. / 2C / 3B / 4. "A pena, se coubesse, deveria recair sobre o adulto irresponsável, não sobre o comerciante." (Aceite outras respostas) / 5. "... a legislação impõe multas de R$ 1.745 a R$ 87.250 a estabelecimentos que vendam bebida alcoólica a menores de idade." (Aceite outras respostas) / 6B / 7A / 8B / 9C / 10A

 

EDITORIAL  - 29/01/2016

 

O Brasil no ranking mundial da corrupção

O lugar do Brasil no ranking internacional da corrupção não era bom. Ficou pior

 

Não é surpresa que o mais recente ranking internacional da corrupção tenha apontado o Brasil com o pior desempenho no mundo. A lista é produzida pela respeitada Transparência Internacional, a ONG com sede em Berlim, fundada em 1993 por um ex-funcionário do Banco Mundial, que empunha a bandeira do combate à corrupção.

A Transparência Internacional assevera que não investiga nem relata casos isolados de corrupção. Seu objetivo é desenvolver ferramentas para combater a corrupção. Para isso, age em parceria com outras organizações afins, empresas e governos. A cada ano, a Transparência Internacional produz um relatório no qual se analisam os índices de percepção de corrupção dos países do mundo.

O lugar do Brasil no ranking internacional da corrupção não era bom. Ficou pior. A Transparência Internacional coloca o Brasil na 76ª posição no ranking de 168 países, uma queda de sete posições em comparação ao relatório anterior. O ranking é montado a partir de sondagens colhidas por diferentes entidades.

Segundo o levantamento, o Brasil empata com Burkina Fasso e Zâmbia, mas perde para países como El Salvador, Bulgária e África do Sul. Dos 100 pontos possíveis, o Brasil conseguiu 38. Portanto, abaixo da média de pontuação do mundo ou mesmo das Américas.

Ressalte-se que o índice (ou o ranking) é estruturado com base na coleta de percepções. É evidente que o estouro do escândalo da Petrobras e toda a sujeira levantada pela Operação Lava Jato são os responsáveis pela queda do Brasil no ranking internacional.

A questão para refletir é a seguinte: mesmo com a corrupção provada e admitida, o Brasil criou barreiras para que os escândalos não se repitam? A resposta é "não". Um dos estímulos principais à corrupção permanece intacto. No caso, o fatiamento político do setor público como forma de manter o poder. É um problema que se estende também a estados e municípios.

Em contrapartida, é importante ressaltar que a maior percepção da corrupção no Brasil se deu em função do trabalho de instituições como o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal. A imprensa livre é outro fator determinante. Porém, o avanço só se dará com menos impunidade e porteiras fechadas para os ladrões.

 

http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2016/01/29/noticiasjornalopiniao,3568366/o-brasil-no-ranking-mundial-da-corrupcao.shtml

 

01. Os editoriais são gêneros textuais que fazem parte de que grupo de textos?

 

a) Jurídicos

b) Religiosos

c) Publicitários

d) Jornalísticos

e) Científicos

 

02. A tipologia textual predominante no gênero textual Editorial corresponde à

 

a) Narrativa.

b) Descritiva.

c) Injuntiva.

d) Expositiva.

e) Argumentativa.

 

03. A TESE (principal opinião defendida no texto) defendida no editorial é a de que

 

a) O Brasil está abaixo da média de pontuação do mundo ou mesmo das Américas com relação à corrupção.

b) O escândalo da Petrobras e da Operação Lava Jato contribuíram para a queda do Brasil no ranking internacional.

c) O Brasil não criou barreiras para que os atos de corrupção e, por consequência, os escândalos não se repitam mais.

d) A maior percepção da corrupção no Brasil se deu em função do trabalho de instituições como o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal.

e) O avanço só se dará com menos impunidade e porteiras fechadas para os ladrões.

 

04. No editorial em estudo, o autor do texto faz uso de argumentos e informações que colaboram para construir a defesa da tese. Indique a alternativa que apresenta as estratégias argumentativas encontradas no texto.

 

I. Menciona os resultados de uma pesquisa relevante.

II. Cita pensamentos filosóficos.

III. Compara a situação da corrupção no Brasil com a de outros países.

IV. Cita livros que tratam do problema da corrupção.

V. Cita acontecimentos recentes para explicar a posição rebaixada do Brasil no ranking mencionado.

VI. Faz referência a fatos históricos para mostrar que a corrupção é antiga.

 

a) Estão corretos os itens I, III e VI.

b) Estão corretos os itens II, IV e V.

c) Estão corretos os itens II, III, e V.

d) Estão corretos os itens I, III e V.

e) Estão corretos os itens I, II e VI.

 

05. Sabe-se que os textos dissertativo-argumentativos são construídos a partir de argumentos e de informações que comprovem esses argumentos. Então, ao analisar as frases seguintes retiradas do texto I, informe se elas correspondem, predominantemente, à informação (I) ou à opinião (O), em seguida, assinale a opção correta.

 

I. "A lista é produzida pela respeitada Transparência Internacional, a ONG com sede em Berlim, fundada em 1993 por um ex-funcionário do Banco Mundial..." - (     )

II. "Não é surpresa que o mais recente ranking internacional da corrupção tenha apontado o Brasil com o pior desempenho no mundo". – (      )

III. "A Transparência Internacional coloca o Brasil na 76ª posição no ranking de 168 países,..." – (      )

IV. "A questão para refletir é a seguinte: mesmo com a corrupção provada e admitida, o Brasil criou barreiras para que os escândalos não se repitam? A resposta é "não"." – (      )

V. "Porém, o avanço só se dará com menos impunidade e porteiras fechadas para os ladrões". – (      )

VI. "Segundo o levantamento, o Brasil empata com Burkina Fasso e Zâmbia, mas perde para países como El Salvador, Bulgária e África do Sul". – (      )

 

 

a) I – (I); II – (O); III – (I); IV – (O); V – (O); VI – (I).

b) I – (I); II – (O); III – (O); IV – (I); V – (O); VI – (I).

c) I – (O); II – (I); III – (O); IV – (I); V – (O); VI – (O).

d) I – (I); II – (I); III – (I); IV – (O); V – (I); VI – (O).

e) I – (O); II – (O); III – (I); IV – (I); V – (O); VI – (I).

 

 

TEXTO II:

EDITORIAL – 26/02/2014

 

Economizar água já deveria fazer parte de nossa cultura

Uma das mais ricas experiências de convivência com a seca é de Israel

 

A divulgação pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) do mais recente prognóstico para os próximos três meses em relação à possibilidade de chuvas no Ceará, apesar de indicar pequena melhora na comparação com os dados anteriores, não chega a causar otimismo no povo sertanejo que ainda aguarda um inverno bom para este ano. De acordo com a Funceme a probabilidade de o Estado ter chuvas abaixo da média histórica em março, abril e maio continua sendo de 40%. As pequenas alterações se deram nas categorias de chuvas em torno da média (subiu de 35% para 40%) e chuvas acima da média (caiu de 25% para 20%).

Na verdade, segundo a avaliação dos técnicos, caso se confirme o novo prognóstico, o efeito mais imediato seria a dificuldade de alimentação para o gado. Já quanto à viabilidade do armazenamento de água para consumo humano o reflexo por conta desse quadro não seria tão grande. O fato é que estamos realmente diante de situação na qual é preciso que se pense imediatamente em alternativas de convivência, e não mais que fiquemos a aguardar eternamente pelas chuvas. Nesse sentido, mesmo que o Governo do Estado não tenha aventado a possibilidade de iniciar um racionamento, é preciso que a sociedade se conscientize da importância de poupar água.

A economia de água, por sinal, tem sido tema bastante discutido entre especialistas na temática, justamente antevendo problemas futuros em algumas regiões do planeta. Os momentos de crise são sempre propícios para que se possa mudar, muitas vezes, a cultura de um povo. Por que não fazemos o mesmo agora e já passamos a adotar a economia de água como estratégia para os próximos anos?

Uma das mais ricas experiências de convivência com a seca é de Israel. Lá, nos últimos 30 anos, sem acrescentar uma gota de água, ou um centímetro a mais de terra cultivada, a produção foi aumentada em 17 vezes. Isso por meio da tecnologia, do conhecimento, do uso de forma mais inteligente. Uma das formas de se alcançar isso foi justamente poupando. Hoje, aquele país depende muito menos da chuva. Vê-se, portanto, que é possível combinar meios e métodos com a mudança de cultura.

 

http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2014/02/26/noticiasjornalopiniao,3212365/economizar-agua-ja-deveria-fazer-parte-de-nossa-cultura.shtml

 

06. Sobre o gênero textual editorial é correto afirmar:

 

a) O editorial pode ser escrito por qualquer cidadão que queira manifestar a sua opinião sobre algum assunto.

b) O editorial expõe fatos e informações recentes com o objetivo de deixar os leitores informados sobre os últimos acontecimentos.

c) O editorial representa a opinião da empresa jornalística sobre algum assunto em pauta no momento.

d) O editorial informa a população sobre pesquisas recentes que explicam problemas que estão afetando a sociedade.

e) O editorial expõe a opinião coletiva de determinados grupos da sociedade sobre problemas políticos e sociais.

 

07. A tese defendida no texto pode ser encontrada em qual trecho a seguir?

 

a) "...é preciso que se pense imediatamente em alternativas de convivência, e não mais que fiquemos a aguardar eternamente pelas chuvas".

b) "...apesar de indicar pequena melhora na comparação com os dados anteriores, não chega a causar otimismo no povo sertanejo..."

c) "As pequenas alterações se deram nas categorias de chuvas em torno da média (subiu de 35% para 40%) e chuvas acima da média (caiu de 25% para 20%)".

d) "A economia de água, por sinal, tem sido tema bastante discutido entre especialistas na temática, justamente antevendo problemas futuros em algumas regiões do planeta".

e) "Os momentos de crise são sempre propícios para que se possa mudar, muitas vezes, a cultura de um povo".

 

08. Para defender uma tese, é necessário que se busque argumentos que levem o seu interlocutor a concordar com o seu pensamento e, para dar sustentação a esses argumentos, algumas estratégias são importantes. No texto II, o autor utilizou quais estratégias argumentativas?

 

I. Faz referência a fatos históricos para exemplificar como lidamos com os períodos de seca.

II. Cita o prognóstico de um instituto de meteorologia.

III. Compara a situação das poucas no Ceará com a de outros estados do Nordeste.

IV. Cita dados estatísticos que comprovam a escassez de água.

V. Cita opiniões de especialistas sobre diversas tecnologias que poderiam ajudar na economia de água.

VI. Faz comparação entre as formas de lidar com a carência de chuva no Ceará e Israel.

 

a) Estão corretos os itens I, II e VI.

b) Estão corretos os itens II, IV e VI.

c) Estão corretos os itens I, III e V.

d) Estão corretos os itens II, IV, e V.

e) Estão corretos os itens II, V e VI.

 

09. Em "Nesse sentido, mesmo que o Governo do Estado não tenha aventado a possibilidade de iniciar um racionamento, é preciso que a sociedade se conscientize da importância de poupar água", a conjunção em destaque foi utilizada para estabelecer qual ideia entre as orações do período?

 

a) Finalidade

b) Consequência

c) Condição

d) Concessão

e) Proporção

 

10. No período "Nesse sentido, mesmo que o Governo do Estado não tenha aventado a possibilidade de iniciar um racionamento...", o termo em destaque poderia ser substituído por qual outro que mantivesse o mesmo sentido?

 

a) Aprovado

b) Sugerido

c) Defendido

d) Discutido

e) Considerado

 

 

 

 

 

 

GABARITO: 01. D; 02. E; 03. C; 04. D; 05. A; 06. C; 07. A; 08. B; 09. D; 10. E. 

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